Diário de bordo-23 de Junho



Depois do dia de ontem, decidimos, juntamente com as previsões do tempo, não arriscar ir pela montanha outra vez. E foi a decisão certa, não só porque nevou novamente muito nos sítios mais altos, mas porque assim tivemos oportunidade de apreciar uma paisagem diferente. Loucura a nossa pensar que iríamos chegar ao destino de pés secos, porque mesmo sem neve, era impossível evitar os charcos de água,os riachos que constantemente nos desafiavam. Conhecemos no primeiro abrigo, em Gjevilvasshytta, duas amigas professoras, uma norueguesa e a outra islandesa, que também fizeram connosco este percurso.  
Este seria o segundo dia do triângulo de throllheimen, um dos mitos do treking norueguês. Na terra  dos trolls.

Em cada canto do triângulo existe um abrigo de montanha, onde fomos sempre bem recebidos. Partimos do abrigo de Joldalshytta e rumámos ao mais antigo dos abrigos e mais escondido, onde os mantimentos chegam de helicóptero, de tempos a tempos.
Partimos então rumo ao vale, num dia com menos nuvens, mais ameno com a companhia dos cumes nevados em volta, reverentes. 
A dificuldade do trilho foi bem menor, e difícil só tivemos a escalada do rio até à montanha, já na fase final do percurso. Claro que não faltou água, e uma densa vegetação verde, uma variedade de flora que faria as delícias ao mais exigente botânico. 
Chegamos satisfeitos a Trolleimshytta, cientes, que o pior estaria para vir...



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