Cura

" Em lugar de tomar muitos medicamentos para curar teus males, cuida melhor e com constância do teu corpo e de ti mesmo!" Imperador Meiji


        Este não é o poema desta semana no meu diário de Reiki, a verdade é que o tempo passou sem que eu desse por isso e com ele alguns poemas por analisar.  Mas quando abri a agenda e li o poema percebi que esta era a semana certa para este poema. Porque esta semana  eu estive doente e a minha filha mais velha também. Eu apanhei um bicho qualquer orelhudo, lá pelos corredores do hospital. A minha filha, debitada pelo cansaço causado pelos exames, também se ressentiu e decidiu fazer-me companhia.  Mas estas são doenças passageiras, fáceis de tratar. Vão como chegam.
O nosso corpo é o nosso santuário, pelo qual temos de ter respeito e cuidá-lo. Mente sã em corpo são.
Acredito, como médica e como reikiana , que o mau estar psíquico, espiritual, está na génese de grande parte das doenças e perturbações físicas. Acredito que temos que ter respeito pelas necessidades do nosso corpo, que temos que ouvir o que ele nos diz, as mensagens que nos vai enviando, a pedir cuidado, a pedir mudança. Sei que é nos períodos de maior cansaço que surge  a doença. Sei que a paz interior é motor de saúde. O sofrimento psíquico transforma-se em físico sem darmos por isso.  E depois da doença instalada, também é a forma como a encaramos que vai determinar a  sua evolução.
Há uns tempos, um doente oncológico disse-me " A Medicina é a arte de entreter o doente enquanto a natureza o cura".  No meio de uma noite alucinante de trabalho, aquela frase caiu como uma bomba, como um balde de água fria que me fez acordar. Fez- me pensar na utilidade dos meus atos como médica. Com isto não quero dizer que deixei de acreditar na medicina, não, muito pelo contrário, sei que a Medicina tradicional tem um papel muito importante no tratamento das doenças, mas que não nos podemos esquecer que a prevenção é importante e vai para além dos medicamentos, que a evolução das mesmas depende  muito da forma de as encarar. Tento no meu dia a dia como médica, oferecer aos meus doentes, o tratamento farmacológico necessário, mas também ajudá-los a encarar a doença, tentar perceber o que a originou. No meu dia a dia, procuro preservar a minha paz interior, como refúgio, como fonte de bem estar físico;  tento ouvir o que o corpo me diz ao ouvido mas que às vezes ainda insisto em ignorar.

Saúde! Boa noite!

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