Desafios e mergulhos em profundidade.



Mesmo que o Outono continue teimoso na sua recusa de avançar, os sentimentos já flutuam com o cair da folha... oscilantes, inconstantes. Quando a isso adicionas uma nova etapa na tua vida, um novo desafio...Pensas num mar azul... escuro bem escuro e profundo cheio de segredos que de repente  tentam emergir, como seres anfíbios sôfregos de ar... podes deixá-los a flutuar, podes olhar para eles com a indiferença de quem está de fora e limpar... Limpar o que não interessa... e progredir.
Porque esses segredos estão emaranhados de algas, não é fácil deixá-los ir, muitos voltam novamente para o fundo.
Fiz este sábado o meu segundo nível de reiki... Para quem não percebe destas coisas, é um nível que trabalha muito o emocional. Se eu já me considero complexa... desmontar essa complexidade... desemaranhar as algas todas, e limpar o fundo do mar... E é um processo doloroso... mas sem trabalho nada se consegue.
O nosso dia a dia traz-nos desafios e hoje foi um dia cheio de desafios. Apesar de me sentir confusa neste processo de limpeza oceânica, lidei com muito carinho com os imensos desafios que me surgiram. Quando sentes que todos em teu redor são dignos de carinho e atenção... porque todos são... basta aprender a fazê-lo. Trata-se do tal amor incondicional de que fala o reiki, budismo  e todas as religiões. Há que transformar problemas em desafios, tristezas em forças redobradas, insegurança em perseverança. Às vezes é preciso parar um pouco,  respirar fundo, recarregar energias, deixar que o turbilhão passe, a areia assente e a água fique novamente clara.
Quem, de quem me está a ler, nunca sentiu uma vertigem de acontecimentos adversos tomar conta do seu dia e torná-lo um inferno... não houve nesse dia um momento luz? Não houve num qualquer momento a possibilidade de inverter a vertigem? De serenar os pensamentos e deixar de dizer: hoje está a correr tudo mal? Hoje estava tudo a correr mal... Lidar com pessoas é difícil... o trabalho triplicou de um momento para o outro sem que nada pudesse fazer. Resiliência... A capacidade do ser humano se adaptar a estes desafios. Mas consegui fazer tudo... recebi o sorriso de um determinado doente, vi chorar  quem não pensava, recebi um miminho  de uma colega de trabalho, o sorriso e paz de uma amiga que há tanto o tempo a procura... e com a ajuda de outros, as tarefas foram feitas... e a roda andou ... sem desespero. Se foi fácil? Se me senti sempre capaz de levar o desafio para a frente sem me deixar abater? Não... Com alguns deslizes fui fluindo. E  fundo do mar ficou um pouco mais claro. Tentem fazer o mesmo, todos os dias. De uma adversidade transformá-la num projeto... no meio sofrimento encontrar um sentido, e virar o andamento da roda... e fazer trabalhar o moinho... Recuso-me a ser infeliz!

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