Devaneios
Sinto dentro de mim
uma angústia desmesurada
sinto a solidão sem fim...
o medo de não ser amada.
Deixo-me afundar, sou raiz,
no calor húmido da terra,
encontrei o meu tempo,
o meu ser, com alento,
sento-me no meu sentimento,
que me espanca e me ferra.
Sou ave, sou flor, sou o mar
sou eu própria a vaguear
quero um barco com vela
para poder navegar...
Como quem não conhece a luz
Como quem nasce nas trevas,
sinto um tremor que seduz
mas que me afunda e me aterra.
Nesse jardim de fadas,
onde encontrei esta flor,
o ser que não é não é nada
a água que escorre embalada
e lava a alma de madrugada
não deixa mágoa nem dor.
Alexandra
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